Projeto quer tornar Goiás o principal produtor e distribuidor de moda do País
Nos últimos anos, o Centro-Oeste vem aumentando sua força no segmento de confecções e no de distribuição, já que a região da 44, importante polo de moda atacadista, já figura entre as três principais do País. No entanto, para alcançar o principal posto do Brasil, tanto na distribuição quanto confecção, é preciso haver uma ação integrada, em várias frentes, desde a capacitação de mão de obra para produção até distribuição.
Para incentivar este impulsionamento, o Grupo Mega Moda lançou o Projeto Goiás na Moda, que já conta com o apoio do Codese (Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia e Região Metropolitana). Apresentado a representantes do Governo do Estado de Goiás e OVG, pelo Presidente do Mega Moda, Carlos Luciano Martins Ribeiro, o programa vem ao encontro dos objetivos de desenvolvimento sustentável do Governo, como: Erradicar a pobreza, Trabalho digno e crescimento econômico, Indústria, inovação e Infraestruturas, Reduzir as desigualdades, e Cidades e Comunidades sustentáveis. Outro ponto é a união de várias entidades, como FIEG, Fecomércio, Sebrae, Acieg, UEG, Senai, Senac e o próprio Codese, para que haja formação de mão de obra qualificada.
“Este projeto é realmente fascinante, e vai ao encontro com os objetivos do Codese para Goiânia e Região. Com esforço conjunto, sem vaidades, conseguiremos gerar emprego e renda mudando a realidade de muitas famílias e levando nosso estado ao lugar de destaque na moda”, afirma Carlos Alberto Moura, Presidente do Codese Goiânia e Região Metropolitana.
Para que o Goiás na Moda funcione, algumas ações estruturantes são necessárias, como: melhoria na distribuição e mobilidade, valorização das feiras de moda, reforçar Goiás como importante rota entre três regiões do país e o Porto Seco de Anápolis como base, e como já dito, investir na Formação de mão de obra. “Com a finalização da Leste-Oeste (integração Trindade – Senador Canedo), o Centro de Goiânia ganha muito mais mobilidade e a região conseguirá melhoras ainda mais o seu fluxo, facilitando o acesso aos clientes que chegam de ônibus, carro. A Feira Hippie, maior feira a céu aberto da América Latina, é a âncora da 44, sem ela não haveria este polo de moda. Porém, investimentos em infraestrutura são necessários para que ela continue firme e oferecendo produtos de qualidade”, reforça Carlos Luciano Martins Ribeiro, Presidente do Mega Moda.
Interiorização da Produção
O Goiás na Moda ganhará força se conseguirmos espalhar as confecções pelo interior, fornecendo subsídios que as ajudem a produzir com qualidade e competitividade. Para isso, é fundamental levar qualificação e incentivo governamental para que aconteça. Atualmente, algumas cidades já são referência em produção, como: jeans em Jaraguá, Pontalina com moda íntima, entre outras.
Polo de moda atacadista
A maior parte do que é confeccionado em Goiás é vendido na região da 44, que conta atualmente com cerca de 95 empreendimentos, 38 hotéis, e um faturamento mensal aproximado de R$ 606 milhões, além de gerar 150 mil empregos diretos (dados AER-44). Com um tíquete médio entre 5 mil e 8 mil reais, a região recebe 650 ônibus por mês, vindos de todas as regiões do país.
“O Mega Moda está na ponta da cadeia, localizado aqui na região da 44, onde compradores de todo o país vêm em busca de mercadorias com qualidade e preço competitivo. Se conseguirmos melhorar a produção, incentivando confeccionistas a investirem em cidades do interior, por exemplo, teremos uma produção mais constante para atender a demanda que vem crescendo nos últimos anos. Afinal, a região da 44 junto com a Feira Hippie já são vistas como um polo de moda nacional, e estão atraindo clientes de estados mais distantes e até de outros países da América do Sul”, afirma Carlos Luciano.
Segundo dados do Mega Moda, feitos em sua última pesquisa, o Sudeste já representa 26,7% dos compradores, o Norte 17,8%, o Nordeste 6,5%, o Sul 4% e o Centro-Oeste 45%. Facilitadores como: rodoviária, aeroporto e as principais vias de acesso à cidade, além de uma rede hoteleira de baixo custo, permitindo uma maior permanência do comprador na cidade, são algumas vantagens competitivas da região.
“O projeto é capaz de mudar a vida de muita gente, pois a demanda existe, só é preciso melhorar a distribuição. Se a OVG, por exemplo, conseguir destinar recursos onde a economia tem como potencializar resultados, gerando renda, empregos, capacitação e agregando valor os produtos produzidos aqui, o Estado ganha como um todo. Conseguiremos tornar Goiás o estado que mais produz moda”, aposta o presidente do Mega Moda.
Fonte: Abit