Tão importante quanto o Plano de Negócios, o Branding é vital para a valorizar a sua marca, e a inteiração com o seu cliente.
VISÃO
Eu vou me dar ao luxo de citar uma das frases do designer Walter Landor, que acredito ser a mais emblemática, e auto explicativas dentro de minha pequena compreensão sobre o tema Branding. “Os produtos são criados nas fábricas. As marcas são criadas na mente.”
E com esta visão ao longo da minha vivência, dentro do processo da manufatura da moda, que pode sim se estender a qualquer outro segmento, vejo claramente, que no processo quase que natural, primeiro focamos em criar nossos produtos e depois quase sem estratégia e de forma meio que orgânica no boca a boca, as marcas vão nascendo dentro deste emaranhado do dia a dia das empresas de moda, quando paramos para perceber, estas pequenas empresas já começam a ter seus fãs e seguidores.
Em minha visão o ideal seria logo de cara junto quase do plano de negócios, já se poder estabelecer através de uma agência ou profissional especializado o desenvolvimento do Branding da marca, como vocês vão ver no decorrer deste artigo, este processo é profundo, pois englobar além é claro do conhecimento técnico, uma parte muito profunda de pesquisa, nos tempos atuais, nenhuma empresa e principalmente uma jovem empresa não pode entrar no mercado muito bem assessorada, em todos ao aspectos.
Hoje as marcas são personas, representam nichos, ideias, bandeiras, tem um papel claro de representatividade social, política, costumes e até indo ao estremo devem se responsabilizar por aspectos ambientas local e globais.
As pessoas não compram mais apenas produtos, as pessoas, os consumidores, buscam entender através dos produtos e da comunicação OFF LINE e ON LINE da empresa quais são seus valores, quais são as causas que ela defende e assim a mesma atrela a decisão de consumo a estas questões, por isso vemos hoje, que todo cuidado é pouco, até um garoto propaganda da marca deve estar dentro deste mesmo preceito de valores, caso contrário o mercado boicota, os clientes deixar de consumir seus produtos e com isso perdesse valor de marca e receita de venda com seus produtos.
Qual a diferença de Brand e Branding?
Nesse contexto, podemos dizer que a marca é a essência da empresa, enquanto o branding é o conjunto de estratégias para criar essa identidade da companhia. Assim, apesar de serem fatores distintos, um depende do outro para levarem o seu negócio ao sucesso.
Falando de Branding
Branding é um conjunto de ações estabelecidas para a construção de uma percepção positiva quanto à marca junto aos seus consumidores. Dessa forma, contempla todo o processo de gestão de marca (brand management), com o objetivo de aumentar a sua visibilidade.
Outro ponto importante do branding que vale a pena ser destacado é o lugar que a marca busca ocupar através de suas ações.
Ele está situado não apenas na mente do consumidor, como também em seu coração, o que faz dela uma escolha óbvia tanto por aspectos racionais quanto emocionais.
Pensando em branding, você busca construir uma personalidade para a marca.
Para isso, leva em consideração os valores da empresa, seus colaboradores, o tom de voz, logomarca, tipografia e as cores que utiliza na sua comunicação visual.
Tudo isso, isoladamente e em conjunto, deve ser utilizado de forma a despertar sensações e percepções, que podem ser conscientes ou não. Todos os sentidos devem ser aguçados e explorados, assim a experiência será única e marcante.
O resultado está na escolha pelo consumidor da sua empresa e do que ela oferece.
Vale ressaltar que essas conexões não acontecem da noite para o dia.
Ou seja, a estratégia costuma alcançar seus objetivos ao longo do tempo.
O que é marca?
O conceito da marca está no momento que ela passa a ser desejada, dentro da mente das pessoas.
Isso porque, como mencionamos acima, a personalidade da marca não é construída com base em apenas um elemento específico, mas no conjunto de vários deles.
Ou seja, a marca é tudo aquilo que remete a você e o representa, seja uma característica física ou não.
É ela que torna o seu produto ou serviço exclusivo e especial, diferenciando-se dos concorrentes.
Por isso, podemos dizer que, quanto mais clara essa distinção, mais enraizada a marca estará na mente do seu público.
Lembrando que a marca também é aquilo que envolve a percepção do seu consumidor.
Portanto, você precisa conhecer bem sua marca para trabalhar de forma sútil seu branding – e não impor seus valores.
O que é buzz marketing?
Buzz marketing, por sua vez, é a popular divulgação boca a boca.
Essa é uma estratégia que busca alcançar uma reação em cadeia às ações de propaganda de uma empresa.
E isso acontece quando o consumidor, espontaneamente, repassa uma mensagem positiva a outros.
Vale lembrar que, com o maior uso da internet como meio de comunicação e busca de informações, esse tipo de estratégia cresce em importância.
Cada consumidor se torna capaz de influenciar vários outros através de seus comentários em redes sociais, por exemplo.
Hoje, o buzz marketing se mostra muito mais efetivo para o branding do que quando a indicação de uma marca se restringia ao ambiente offline.
Qual a importância do branding?
No atual cenário de alta competitividade entre as empresas, saber gerir sua marca é essencial.
É através dessa estratégia que se torna possível criar uma conexão emocional positiva com seus consumidores e demonstrar os diferenciais do seu produto ou serviço.
Para tirar proveito do branding, é preciso ir além de se posicionar no mercado.
Sua marca precisa ter personalidade e propósitos para criar identificação com o público.
Quando isso acontece e sua marca promove boas experiências para o consumidor, até a percepção de preço pode mudar.
De forma geral, os consumidores pagam mais por um produto de uma marca que se conecte com eles a partir de valores comuns entre eles.
Veja, então, que o branding fortalece, cria presença, cria vínculos e valor para a sua marca.
É possível avaliar o Branding atual da sua marca?
Bem logo no início deste artigo e dentro da minha visão como um consultor de empresas, referi a possibilidade de logo no nascedouro da empresa, ela já poder estabelecer sua estratégia de Branding, mas sei que isso raramente acontece. Um dos indicadores que avalio no diagnóstico consultivo, é exatamente o ponto de maturação da marca, e neste momento busco sempre o auxílio de uma agência parceira para fazer uma breve análise da empresa e de toda sua identidade visual e de comunicação, uma desses parceiros que faço questão de divulgar neste artigo é a DZ9 DESIGN, uma jovem mas bem sucedida, profissional e talentosa agência de Brand e Branding em Maringá / PR, com a qual busco sua visão e orientação técnica neste assunto.
A evolução da tecnologia atua em favor de uma estratégia de branding.
Com a forma como consumimos muda rápido, hoje, uma marca pode escolher canais personalizados e com menor custo para se relacionar com o seu público.
Por isso, ao se pensar em branding, é preciso levar em consideração duas características principais: a sua identidade visual e suas estratégias.
Vamos entender melhor?
Identidade visual
Todas as formas de representação visual de uma marca (seu logo, a tipografia, um estilo de foto, fontes e cores) ajuda a criar uma identidade reconhecida pelo consumidor.
Logo, quanto mais alinhada ela for, mais provável e rápida será a associação na mente de quem busca opções de marcas.
Logo
O logo é um dos elementos mais facilmente gravados na mente do consumidor.
Por isso, ele também deve ser pensado de forma responsiva para as plataformas online.
Isso porque os formatos de arquivo utilizados na publicidade tradicional e impressa são diferentes dos usados para a web.
Certifique-se de analisar a aplicação da sua marca quanto à facilidade de leitura e entendimento em dispositivos móveis, como smartphones e tablets.
Manual da marca
Construir um manual da marca é necessário para manter certa unidade e identificação nas suas campanhas publicitárias.
Ele serve como um guia e traz:
- As cores que a marca pode utilizar
- Os códigos que representam essas cores
- Qual a fonte de texto utilizada
- Como a fonte deve ser aplicada
- Versões verticais e horizontais.
- Tipografia de apoio.
- Grafismo auxiliar, entre outros.
Unidade de estilo
Manter uma unidade de estilo é essencial para criar conexões e identificação entre suas peças publicitárias.
Antes de tudo, é preciso definir o estilo que você quer que a marca tenha.
Deve ser algo mais radical ou ter uma pegada mais leve?
Com cores mais escuras ou mais claras?
Procure exemplos de fotos que tenham uma mesma linha de raciocínio e de componentes visuais e, que sirvam de exemplo para o estilo que você quer adotar para a marca.
Dê atenção especial para essa fase, pois seu estilo comunicará muito da sua marca.
Estratégia
A equação é simples: a identidade visual é como você transmite os valores visuais da marca; já a estratégia é como você transmite o seu propósito.
Com as estratégias, as conexões criadas são muito mais fortes e profundas que as visuais.
Aqui, a identificação vai além do estilo adotado, demonstrando os valores da marca.
Personalidade da marca
Sua marca precisa ter uma personalidade própria para conseguir transmitir valores e dialogar de forma mais coerente com seu público.
Tente pensar nela como se fosse uma pessoa real.
Como você acha que ela seria? Quais suas qualidades? Que adjetivos ela teria? Quais seriam os seus defeitos?
Fazer esse tipo de análise facilita bastante na construção da marca.
Tom de voz
É meio óbvio, mas precisa ser dito.
Para garantir uma boa comunicação, você precisa adequar a linguagem, tanto escrita quanto visual, ao seu público, às suas personas.
Vamos supor que seu público seja de jovens e adolescentes.
Uma linguagem mais especializada talvez não seria a melhor forma de tratar essa audiência, certo?
Uma linguagem mais descontraída, até mesmo com gírias, pode ser mais eficiente nesse caso.
É interessante também saber quais são os termos específicos usados pelos seus clientes e incorporá-los na sua marca.
Isso mantém um tom mais casual nessa interação.
O bacana é fazer com que os consumidores pensem que estão conversando com um amigo.
É o contrário de uma empresa que só quer vender e não se preocupa com o que ele tem a dizer.
Canais
É preciso saber onde está o seu público e quais canais ele mais usa para poder transmitir sua mensagem de forma eficaz.
Não é necessário estar presente em todos os canais existentes, mas focar naqueles que terão um papel estratégico para o crescimento do seu negócio.
Porém, dois canais são essenciais nos dias de hoje: site e redes sociais.
Segundo a pesquisa Content Trends 2017, cerca de 84,7% dos entrevistados utilizam a busca orgânica no Google para encontrar conteúdos e informações.
Logo, ter um site e blog bem estruturados é essencial para se comunicar com o público.
As redes sociais são outra ferramenta potente, a exemplo do Facebook.
Hoje, ele é a maior comunidade online do mundo.
Portanto, criar uma fan page é ação obrigatória entre as estratégias de branding.
Conteúdo
A forma de fazer marketing tem mudado completamente na era digital.
Por isso, uma boa estratégia de conteúdo não ajuda somente sua marca a se destacar na busca, mas faz com que ela tenha visibilidade e ganhe autoridade no meio.
Para isso, ele precisa atender às necessidades das suas personas, ser útil e relevante.
Certifique-se de aplicar os conceitos de unidade visual definidos previamente.
Ou seja, seu conteúdo precisa ser personalizado com a identidade da marca em todos os canais e materiais.
As 11 diretrizes da gestão de marca
Segundo Wally Olins, especialista na consultoria de marcas, gerenciar e construir o branding de uma empresa, seu planejamento e análise de estudos deve passar por onze etapas básicas.
Vamos conhecer mais sobre elas?
1ª: Os quatro vetores
São quatro os pontos principais a trabalhar para alcançar o sucesso no branding.
Confira só:
Entendimento do produto
Ambiente no qual o produto é vendido
Modo de se comunicar com os consumidores
Comportamento dos gestores da marca.
2ª: Arquitetura da Marca
Como se dá a estrutura da marca?
São três opções para isso:
Corporativa: segmento e atuação da empresa aparecem no nome e no design gráfico de forma integrada.
Validada ou endorsed: se a empresa possui diferentes marcas, cada uma com sua própria identidade.
Individualizada ou branded: há uma corporação gestora com marcas diferentes, de segmentação própria.
3ª: Marca inventada, reinventada ou mudança de nome
É preciso estabelecer se a marca é nova no mercado ou passa por um processo de transformação, o que exige reinventar o branding.
4ª: Qualidade do produto
Aspecto a ser evidenciado da marca, não se relaciona somente a produtos, mas também a serviços.
5ª: O interior e exterior
Colaboradores devem crer nos valores da marca tanto quanto os consumidores.
6ª: Diferenciadores ou ideias centrais
Objetivo do branding e suas ações é criar uma identidade própria e se diferenciar dos concorrentes, para que marca inspire desejo de consumo.
7ª: Romper com o modelo
A diferenciação buscada depende de sair da zona de conforto e romper com as obviedades.
Inovação combina bem aqui.
8ª: Reduzir o risco/pesquisar
Não há sucesso no branding sem pesquisa.
Isso inclui analisar o mercado, estudar seu público e identificar tendências.
É a estratégia ideal para lidar com os riscos e reduzi-los.
9ª: Promoção
Como o seu produto ou serviço será promovido?
É preciso focar em atingir o público de interesse.
10ª: Distribuição
Aqui, o estudo do mercado se aprofunda.
O compromisso está em conhecer o seu potencial e como atender à demanda, além de aspectos logísticos, já que nada pode comprometer a percepção da marca.
11ª: Coerência, Clareza e Congruência
Como etapa final, não se pode esquecer que a marca precisa ter definições bem claras quanto à sua missão, sua imagem, segmentação e posicionamento, além das personas e do arquétipo.
Tudo precisa atender à cultura que ela divulga como identidade.
Exemplos
Bons exemplos de branding não faltam e servem de inspiração.
Selecionamos duas marcas que já estão muito bem consolidadas no mercado, lembrando que grande parte disso se dá pelo trabalho de branding desempenhado por elas.
Coca-Cola
Impossível falar de branding sem citar o exemplo mais clássico: a Coca Cola.
A imagem da marca está tão presente na história e no imaginário das pessoas que, se você encontrar um pedacinho do rótulo de uma garrafa de Coca-Cola, irá fazer uma ligação imediata com ela.
Além dessa identidade visual consolidada, a mensagem pregada também foi sempre a mesma: felicidade.
Isso fica evidente nas campanhas publicitárias, com frases como “abra a felicidade”.
Todo esse discurso de um mundo melhor, extremamente consistente e emotivo, conquista uma legião de fãs em todo o planeta
Para complementar, a marca também está ligada a causas sociais, principalmente em datas como o Natal (quem nunca viu o caminhão da Coca-Cola nessa época?) e eventos esportivos, como as Olimpíadas.
Red Bull
A Red Bull é um caso clássico de branding bem sucedido.
Já são muitos anos com o mesmo discurso (26 para ser mais exato) e isso já está bem claro na mente do consumidor.
Sua relação de longo prazo com os esportes radicais serviu para fortalecer e ilustrar o conceito central da marca “Red Bull te dá asas”.
Isso vende um estilo de vida enérgico e ativo, no qual tudo é possível.
Para acompanhar a tendência atual, hoje, a Red Bull é uma grande produtora de conteúdo.
Dessa forma, mantém a relação entre sensações e aventuras presente em toda a comunicação da marca na TV, redes sociais e como patrocinadora de eventos esportivos.
Bem agora empreendedores e empresários da moda, vamos repensar e reavaliar o Branding de sua marca. Com certeza as que estão mais bem posicionadas, deve-se a este trabalho técnico feito por profissionais qualificados e baseado nas estratégias de segmentação proposta para a marca.
Fonte: ARTIGO | Matéria: Robinson Silva | Imagens: Pexels
Responsável: Robinson Silva | Empresa: RLS50 CONSULTORIA | Conteúdo: B50