PRIMEIRA PARTE
Radiografia do Setor – Fonte Abit (Tex Brasil)
Perfil do setor têxtil e de confecção em 2014
– Faturamento da Cadeia Têxtil e de Confecção: USD 55,4 bilhões
– Exportações (sem fibra de algodão): USD 1,17 bilhão
– Importações (sem fibra de algodão): USD 7,08 bilhões
– Saldo da balança comercial (sem fibra de algodão): USD 5,9 bilhões negativos
– Investimentos no setor: USD 1,1 bilhão (estimativa)
– Produção média de confecção: 6 bilhões de peças (vestuário + cama, mesa e banho)
– Trabalhadores: 1,6 milhão de empregados diretos e 8 milhões de adicionarmos os indiretos e efeito renda, dos quais 75% são de mão de obra feminina
– Segundo maior empregador da indústria de transformação, perdendo apenas para alimentos e bebidas (juntos)
– Segundo maior gerador do primeiro emprego
– Número de empresas: 33 mil em todo o país
– Quarto maior parque produtivo de confecção do mundo
– Quinto maior produtor têxtil do mundo
– Segundo maior produtor e terceiro maior consumidor de denim do mundo
– Quarto maior produtor de malhas do mundo
– Representa 16,4% dos empregos e 5,7% do faturamento da Indústria de Transformação
– Temos mais de 100 escolas e faculdades de moda
– Indústria que tem quase 200 anos no País
– Brasil é referência mundial em design de moda praia, jeanswear e homewear, tendo crescido também os segmentos de fitness e lingerie
– Por ano, visitam o Brasil cerca de 100 jornalistas de moda de todo o mundo
É com este cenário que começo minha análise sobre um seguimento tão importante para o desenvolvimento de nosso País, ja a muito tempo que observo como as empresas de confecção são geridas. Eu sempre ouvia que era fácil ser empreendedor abrindo uma pequena empresa de confecção e este talvez seja fato, porque com um pequeno capital inicial e meia dúzia de máquinas, você ja está pronto a começar o seu negócio. Esta facilidade se movimenta na maresia do momento econômico do País, onde algumas empresas se solidificam ou não dependendo deste momento, algumas abrem outras fecham e outras poucas se mantem.
Eu convivo com a ambiente da confecção desde de que me entendo por gente, lembro do som do motor de uma máquina de costura que minha mãe tinha no quarto onde morávamos e de lá para cá, fui crescendo neste meio onde amadureci como profissional deste seguimento, passando por algumas áreas distintas e a cada dia colhendo mais e mais vivencia e conhecimento. E sempre pautado neste dia a dia que a muito tempo sempre ouvi que precisamos desenvolver o seguimento e profissionalizar a gestão do mesmo. Prova disso é o trabalho de instituições e organizações como Senai, Senac, Abit, Sebrae, etc. O trabalho de fomento ao desenvolvimento do setor sofre com políticas fracas, baixo investimento e a resistência dos proprietários de empresas deste seguimento tratarem seus respectivos negócios de forma não profissional misturando sua gestão entre a pessoa física e sua pessoa jurídica.
Espero realmente que para os próximos anos mesmo ainda não sendo autossuficientes em nossa produção interna, possamos ter cada vez mais novas empresas de confecção que busquem um crescimento não mais verticalizado e sim horizontalizado, captando cada vez mais novas mão de obras jovens e capacitados para os desafios dos dias de hoje e não largando mão da experiência que bons profissionais desprendem para o mercado.