10 criações de Martin Margiela em que objetos do cotidiano foram transformados em roupas.
Ressignificar é uma das palavras do momento na moda e na vida. Nunca se falou tanto em dar novo sentido à peças que já temos em nossos armários criando novas possibilidades, ao invés de comprarmos roupas novas, a todo momento oferecidas à nós por nossas marcas de moda favoritas. Mas vale lembrar que a mesma moda que faz isso também já flertava com a ressignificação antes do termo virar tendência nos relatórios de tendências dos bureaus e agências de publicidade. O belga Martin Margiela, cujo approach conceitual desafiou as estéticas padrão da moda, foi possivelmente o estilista que foi mais fundo na prática de transformar peças usadas e objetos cotidianos em “novas” roupas, alcançando a resultados surpreendentes.
Inspirados pelo perfil do Twitter @moocciaprada nós listamos aqui 16 vezes em que Margiela usou e abusou da criatividade ressignificando objetos do cotidiano e os transformou em peças de arte para vestir.
1 – DIY sock sweater, 1991
Ele cortou e costurou um suéter a partir de 8 pares de meias masculinas. Ele fez a peça com meias de algodão e outra versão com meias em lã. O suéter virou até peça de museu e se encontra em exposição no Momu -Museu de Moda da Antuérpia. Genial!
2 – top Shinny Disco Ball, verão 2008
Aqui Margiela desconstruiu um globo de espelhos, daqueles das discotecas, reaproveitando os ladrilhos espelhados que foram aplicados sobre uma base de couro criando um top em que o topo do globo se encaixa em um dos ombros.
3 – Colete de cartas de baralho, verão 2006
Este colete foi feito a partir de cartas de baralho “embaralhadas e envelhecidas por tingimento, desgaste e engomadoria, depois forradas em couro napa”.
4 – colete de porcelana, inverno 89
O colete de porcelana do final dos anos 80 foi criado a partir da desconstrução e reaproveitamento de cacos de porcelana quebradas conectados por fios de metal.
5 – Casaco edredon, inverno 99
O casaco de edredom foi feito a partir do edredom branco da fabricante italiana Featherlife. Para tornar o casaco impermeável ele usou a capa de PVC da embalagem.
6 – tops de manequins Stockman, verão 97
Em 1997, Margiela criou tops que se assemelhavam a formas de roupas do clássico manequim Stockman, usado nos ateliês de alta costura. Em oposição a isso ele usou tecidos considerados pobres. Na parte de baixo ele estampou a palavra Semi Couture. Mais tarde essa ideia viraria uma assinatura do estilista que o desdobrou em outras criações em coleções seguintes.
7 – The Wig “Fur”Coat, verão 2009
O casaco “de pele” feito de perucas foi apresentado em um de seus último desfiles antes de deixar a marca. Esses casacos eram uma brincadeira com os casacos de pele típicos da burguesia parisiense.
8 – tops de luvas de couro, verão 01
O desfile feminino de verão 2001 Margiela apresentou dois tops sem mangas construidos somente de luvas de couro preto e branco garimpadas em brechós.
9 – Jaqueta de cintos, inverno 07
Esta jaqueta foi feita com cintos retirados de vários casacos de couro. Os cintos foram costurados formando “listras” irregulares que foram enfatizadas pela combinação dos diferentes cintos coloridos.
10 – Colar de rolha de vinho, inverno 99
Margiela não se limitava as roupas. Ele também transformava objetos banais em acessórios como o colar de rolha de cortiça, usadas nas garradas de vinho, presa pelas extremidas por uma corrente de metal. Mais ressignificação do que isso impossível.
Fonte: FFW | Matéria: FFW | Imagens: Internet | Vídeo:
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